A Integridade da Pregação - John Knox
Créditos: Leitor
Cristão
É frequentemente trazido à tona
no Novo Testamento esse caráter da pregação como sendo, não um simples
relatório do evento, mas ele próprio uma parte dele. Em Rm 1.16 Paulo escreve:
"Não me envergonho do Evangelho porque é o poder de Deus para a salvação. "
Por "Evangelho" Paulo significa, naturalmente, a pregação; e seu
ponto não é simplesmente que o evento proclamado na pregação é o "poder de
Deus" salvífico, mas que a pregação em si mesma participa desse
"poder". A pregação é uma extensão do evento em si e não meramente de
seu conhecimento. Assim também em 1 Co 1,21, Paulo fala de "pregação"
como sendo o meio através do qual Deus "salvará aos que creem. "
Cristo crucificado e pregado é "o poder de Deus e sabedoria de Deus".
Semelhantemente, em Lc 4,18, a citação de Cristo do profeta Isaías, "O
Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres", parece fazer com que a pregação do Evangelho seja um elemento do
próprio Evangelho em si. Isso é ainda mais claro nas palavras de Jesus aos
discípulos de João, em Lc 7,22: "Ide e anunciai a João o que vistes e
ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos
ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres anuncia-se-lhes o
Evangelho."